Por que e como a humanidade surgiu na África?

Publicado por Redbran,
Fonte: Nature
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Por que a África é o berço da humanidade? Uma pergunta que intriga cientistas e curiosos há décadas. Ao longo dos tempos, várias espécies de hominídeos percorreram essa vasta terra, mas apenas Homo sapiens apareceu lá. Vamos descobrir por quê.


O caminho da evolução humana é complexo. Nosso ancestral Homo erectus vivia na África, na Europa e na Ásia. Seu descendente, Homo heidelbergensis, deu origem a pelo menos três espécies: os Neandertais na Eurásia, os Denisovanos na Ásia e os humanos modernos na África.

Brenna Henn, geneticista de populações da Universidade da Califórnia, Davis, destaca que entender por que H. sapiens surgiu na África exige examinar o processo evolutivo da espécie. Em 1987, um estudo na Nature rastreava o DNA mitocondrial humano moderno a uma população africana que viveu entre 200.000 e 150.000 anos atrás.

No entanto, a pesquisadora e outros cientistas contestam a ideia de uma origem única. Nossos ancestrais estavam dispersos em várias populações especializadas em toda a África, um continente com ecossistemas diversificados que exigiam adaptações específicas.

Em 2023, um estudo liderado por Brenna Henn, publicado na Nature, propõe que duas dessas populações contribuíram para a emergência de H. sapiens. Esses grupos acabaram se misturando, formando uma população ancestral comum.

A diversidade ecológica africana e as trocas entre populações teriam favorecido a evolução da humanidade moderna. Segundo Brenna Henn, essa diversidade genética e comportamental permitiu o desenvolvimento de um conjunto complexo de características que definem Homo sapiens.

Curtis Marean, professor de paleoantropologia na Universidade Estadual do Arizona, observa que a comunidade científica ainda debate sobre as origens exatas da humanidade moderna. No entanto, ele concorda com Brenna Henn sobre a importância do tamanho e da diversidade da África, destacando que as eras glaciais na Eurásia restringiram os hominídeos, ao contrário das populações africanas mais conectadas.

Curtis Marean ressalta o caráter teórico dessas hipóteses e a importância de futuras pesquisas para elucidar questões chave, como o papel da linguagem no desenvolvimento cognitivo humano.
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