Este robô é controlado por um cogumelo: como isso funciona?

Publicado por Cédric,
Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Science Robotics
Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Os robôs agora podem se mover graças... a cogumelos. Um projeto ambicioso combina biologia e robótica para criar uma nova geração de máquinas autônomas.

Sob os circuitos eletrônicos, o micélio, a estrutura subterrânea dos cogumelos, assume o controle. Uma ideia surpreendente, mas cheia de potencial.


A equipe da Universidade Cornell concebeu robôs bio-híbridos capazes de responder ao ambiente, não com circuitos convencionais, mas utilizando os sinais elétricos naturais produzidos pelo micélio. Uma verdadeira inovação no campo das interfaces biológicas.

O micélio pode captar diversos sinais físicos e químicos, interpretá-los e gerar uma resposta na forma de impulsos elétricos. Essa rede funciona de maneira semelhante ao sistema nervoso humano, o que a torna particularmente adequada para se comunicar com componentes eletrônicos. Os pesquisadores desenvolveram uma interface elétrica especializada capaz de gravar em tempo real a atividade eletrofisiológica do cogumelo. Esses dados são então convertidos em instruções digitais, que são usadas para controlar os atuadores do robô.

Dois protótipos foram criados: um robô flexível com patas, semelhante a uma aranha, e um robô montado sobre rodas. Nas primeiras experiências, ambos os dispositivos moveram-se em resposta aos sinais do micélio, provando a eficácia deste novo modo de controle.

Para aprimorar sua operação, os pesquisadores testaram a resposta dos cogumelos à luz ultravioleta. O resultado: uma mudança instantânea nos movimentos dos robôs. Uma manipulação ainda mais avançada permitiu o controle total dos robôs influenciando os sinais do cogumelo.


Até o momento, apenas a luz foi usada como estímulo nas experiências realizadas. Mas o cogumelo é capaz de gerar sinais variados, em resposta a muitas outras fontes! É o caso, por exemplo, da pressão, do calor ou, de forma mais geral, das assinaturas químicas. Com um campo de aplicação tão amplo, este sistema poderia revolucionar nossa agricultura. Ele permitiria, por exemplo, monitorar a química do solo e ajustar a aplicação de fertilizantes em tempo real. Uma solução promissora frente aos desafios ambientais atuais.

A aliança entre biologia e robótica vai além do simples campo da pesquisa. Ela abre caminho para máquinas capazes de perceber e reagir a ambientes complexos, tornando assim a tecnologia mais adaptável e inteligente.
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