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O que eles pensavam ser um naufrágio é na verdade... o maior coral já descoberto 🤿
Publicado por Cédric, Autor do artigo: Cédric DEPOND Fonte:National Geographic Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Durante séculos, repousou tranquilamente nas águas cristalinas das Ilhas Salomão, longe dos olhares curiosos. O que os cientistas acreditavam ser um naufrágio revelou-se o maior coral já descoberto, uma estrutura viva excepcional.
No coração do oceano Pacífico, uma equipe da National Geographic Society revelou recentemente esta imensa colônia de coral. Com 34 metros de largura por 32 metros de comprimento, ela supera de longe o recorde anterior registrado nas Samoa Americanas. Com cerca de 300 anos de idade, este espécime pertence à espécie Pavona clavus, apelidada de "coral-omoplata".
Uma colônia de coral Pavona clavus Imagem Wikimedia
Visível do espaço, esta colônia titânica abriga quase um bilhão de pólipos de coral. Esses minúsculos organismos, geneticamente idênticos, colaboram para formar uma entidade única, capaz de sobreviver em um ambiente cada vez mais hostil.
Descoberta por acaso a treze metros de profundidade, esta estrutura permaneceu ignorada pelos habitantes locais durante muito tempo, devido à falta de equipamento de mergulho. Sua forma achatada e cor acastanhada reforçaram a ilusão de que se tratava apenas de uma rocha ou de um naufrágio.
Os pesquisadores estão fascinados com a resiliência deste gigante subaquático, que parece desafiar a crise climática. Protegido por águas frescas e uma geografia favorável, ele escapa aos fenômenos de branqueamento que afetam 77% dos recifes de coral no mundo.
No entanto, as ameaças permanecem. A acidificação dos oceanos, causada pela absorção de dióxido de carbono, enfraquece a estrutura calcária dos corais. Eles encontram cada vez mais dificuldades para se desenvolver nessas águas, um fenômeno comparado a uma "osteoporose" pelos cientistas.
Apesar disso, essa descoberta oferece esperança para a biodiversidade marinha. Molly Timmers, diretora científica da expedição, destacou que este é um pilar vital, uma prova de que alguns corais conseguem sobreviver. Ela espera que este exemplo encoraje o fortalecimento das proteções marinhas nesta região do Triângulo de Coral.
As águas ao redor das Ilhas Salomão são geridas comunitariamente há uma década. Os cientistas defendem um apoio nacional e internacional para preservar esses habitats frágeis, essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos.
Diante da emergência climática, esta descoberta lembra que o oceano ainda guarda inúmeras maravilhas desconhecidas. O maior coral do mundo está aqui para nos lembrar: proteger esses tesouros vivos é uma responsabilidade compartilhada.
Como um coral pode se tornar gigante?
Os corais gigantes, como o recentemente descoberto nas Ilhas Salomão, resultam do crescimento contínuo de organismos microscópicos chamados pólipos de coral. Essas pequenas criaturas colaboram para construir uma estrutura calcária que se expande ano após ano.
Cada pólipo secreta carbonato de cálcio para formar um esqueleto externo, que protege o organismo ao mesmo tempo que fortalece a colônia. Quando os pólipos se multiplicam, o coral se expande em superfície e volume.
Esse crescimento depende de condições ambientais específicas: água clara, rasa e rica em luz para permitir a fotossíntese das algas simbióticas que vivem nos tecidos dos pólipos. Essas algas fornecem a maior parte da energia necessária para a colônia.
No caso do coral gigante das Ilhas Salomão, seu tamanho excepcional é atribuído a uma localização ideal, águas frescas e um crescimento ininterrupto ao longo de 300 anos.