Contaminação por cobre e arsênico no solo das pirâmides de Gizé, datando de sua construção
Publicado por Adrien, Fonte: CNRS INSU Outras Línguas: FR, EN, DE, ES
Um estudo internacional permitiu reconstituir o ambiente do planalto de Gizé, onde estão localizadas as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Imagem de ilustração Pixabay
Ao contrário das pesquisas arqueológicas habituais, este estudo utilizou métodos geomorfológicos, paleoecológicos e geoquímicos para analisar amostras do local. Essas análises revelaram uma contaminação por cobre e arsênico com mais de 5000 anos, ligada ao uso de ferramentas durante a construção da necrópole.
Essa descoberta foi possível graças às análises geoquímicas realizadas em um testemunho sedimentar perfurado aos pés das pirâmides, em um antigo braço do Nilo agora desaparecido, que permitia o transporte dos materiais de construção, caracterizado por uma prospecção geofísica e geomorfológica publicada pela mesma equipe.
As diferentes fases de desenvolvimento da necrópole de Gizé podem assim ser caracterizadas quimicamente desde o período pré-dinástico até o Novo Império, com especial atenção à construção das pirâmides e da Esfinge. Este estudo confirma resultados arqueológicos e contribui para esclarecer incertezas sobre as datas de edificação de túmulos faraônicos, em particular durante a primeira dinastia, mais de 3000 anos antes da nossa era.
Esses trabalhos se integram perfeitamente às descobertas arqueológicas anteriores e fornecem dados originais que abrem novas perspectivas de pesquisa sobre as necrópoles do vale do Nilo, através de rastreadores independentes e complementares às análises arqueológicas.